Preso e Acomodado: A Verdade por Trás do Sistema.
Eu sempre me pego pensando no quanto o sistema é esperto – ele foi desenhado de forma tão sofisticada que faz parecer que está cuidando de nós, quando na verdade está nos mantendo presos, acomodados e, em muitos casos, ignorantes. É como se vivêssemos em uma gaiola dourada: tudo parece confortável e seguro, mas as grades estão lá, impedindo que a gente enxergue o que existe além.
Pense comigo: por que será que tantos "benefícios" são oferecidos pelo governo? Auxílios para quem está desempregado, pensões, décimo terceiro, bolsas para isso ou aquilo. Tudo parece uma tentativa de cuidar de nós, certo? Mas será que é mesmo? Ou será que essas "facilidades" existem para nos manter no controle, para garantir que a gente dependa sempre de um sistema que finge nos proteger, mas que, na verdade, só alimenta o conformismo?
Se você é desempregado, por exemplo, e recebe um auxílio, pode até parecer um alívio temporário. Mas o que vem junto com isso? Um convite para a acomodação. Muitos se perguntam: "Por que vou me esforçar para buscar algo melhor, arriscar, se eu já tenho algo garantido aqui?" E assim, a máquina gira. O mesmo acontece com benefícios dados para situações que, muitas vezes, deveriam nos impulsionar a buscar soluções, não a nos encostar.
O sistema também adora nos fazer acreditar que ele tem a obrigação de cuidar da gente. Mas, honestamente, ele cuida de quem? Ele não nos ensina a pensar, a questionar ou a crescer. Na escola, aprendemos a decorar e repetir, mas não a criar ou construir. É um ciclo de obediência, de formação de pessoas que aceitam o que é dado sem questionar se poderia haver algo melhor. Estamos tão ocupados sobrevivendo que acabamos esquecendo de viver.
E sabe o que é mais perigoso? O quanto isso é normalizado. Alguém recebe um benefício e, ao invés de usá-lo como um trampolim, acaba tratando aquilo como uma bengala para a vida toda. E o sistema, claro, ama isso. Porque uma sociedade dependente é uma sociedade fácil de manipular. Uma pessoa que acredita que o sistema está sempre lá para cuidar dela nunca vai questionar por que as coisas são tão difíceis, nunca vai se perguntar se há algo errado.
Parece polêmico, mas vou dizer: os benefícios, as bolsas, as "facilidades", muitas vezes não passam de esmolas disfarçadas. É como se o sistema dissesse: "Aqui está algo para você não reclamar. Não é o suficiente para você crescer, mas é o bastante para você sobreviver." E, com isso, ele mantém a gente no mesmo lugar. Sem vontade, sem ambição, sem coragem de sair da linha.
Mas o que realmente me indigna é que isso não é só sobre os "benefícios". É sobre o quanto a sociedade foi estruturada para nos fazer acreditar que essa é a única forma de viver. Que depender do sistema é normal, que sonhar alto é perigoso, e que, se você tentar fugir disso, está sendo ingrato ou rebelde.
Eu acredito que o sistema funciona como uma teia: quanto mais você se envolve, mais difícil é sair. E o pior? Muitos nem percebem que estão presos. Acham que estão vivendo, quando na verdade estão apenas sobrevivendo, presos a uma falsa sensação de segurança.
Eu não estou dizendo que não devamos aceitar ajuda quando realmente precisamos. Mas essa ajuda não pode ser nosso destino final. Ela deve ser um impulso, um ponto de partida, não um lugar para estacionar. Porque, no final, o sistema só quer uma coisa: que a gente dependa dele para sempre. E eu não quero viver assim. Quero mais. Quero liberdade para pensar, criar e fazer a diferença. E você? Está disposto a enxergar além da gaiola dourada?