Redes Sociais: O Vício Que Ninguém Quer Admitir.

A gente costuma associar vício a substâncias, a coisas palpáveis, a algo que destrói a vida de pessoas que vemos jogadas nas ruas. Mas e se eu te disser que estamos tão viciados quanto elas? Que passamos horas e horas alimentando um vício que, por ser aceito socialmente, nos destrói de forma silenciosa?

Dá uma olhada no seu celular. Abre o histórico de tempo de tela. Aposto que a média diária está na casa das 6 horas, talvez mais. E sabe o pior? Não é estudando, não é aprendendo algo útil, não é lendo um romance para relaxar. É vendo a vida dos outros. Vendo a versão editada e "perfeita" de alguém que, no fundo, está tão preso nessa bolha quanto você.

E qual o efeito disso? Ansiedade, depressão, sensação de insuficiência. A gente acorda e a primeira coisa que faz é pegar o celular. Dorme rolando o feed. Sente que não pode simplesmente "não fazer nada", porque todo mundo parece estar produzindo, conquistando, viajando, trabalhando até de madrugada. O famoso "FOMO" (Fear of Missing Out), o medo de estar perdendo algo, se instalou no nosso cérebro como um vírus. A gente se cobra, se compara, se desgasta… e no final do dia, o que realmente ganhamos com isso?

Estamos vivendo a verdadeira sociedade do cansaço. Não aguentamos mais não aguentar. Sentimos que estamos exaustos, mas mesmo assim, não conseguimos largar as telas. E o mais curioso? Nos enganamos o tempo todo. Quantas vezes você já disse “vou ficar sem celular por um tempo” e, no máximo, sobreviveu um ou dois dias? Ou então aquele clássico: “Agora vou usar as redes sociais de forma saudável”, mas em 24 horas já estava rolando o feed sem perceber?

Isso não acontece por acaso. As redes sociais foram feitas para isso. Elas são desenhadas para viciar, para prender nossa atenção a cada rolagem, a cada notificação, a cada curtida que dispara um pouquinho de dopamina no nosso cérebro e nos faz voltar por mais. Elas são um cassino digital, onde a aposta não é dinheiro, mas sim o nosso tempo, nossa energia e nossa sanidade mental.

E agora, o que fazer?

Bom, talvez a primeira coisa seja admitir que não temos tanto controle quanto pensamos. Que não adianta fingir que "agora vai ser diferente" se continuamos nos colocando no mesmo ambiente, sendo fisgados pelas mesmas armadilhas. O problema nunca foi só "o tempo que gastamos no celular", mas o que esse tempo está fazendo com a gente.

Se você chegou até aqui e se reconheceu nesse texto, já é um bom sinal. Significa que, pelo menos, você percebe que existe um problema. O próximo passo? Talvez seja, pela primeira vez, parar de se enganar.

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